Entre os muitos
conceitos de administração que existem no mundo dos negócios, uma das ideias
que mais têm sido difundidas nos últimos anos é o conceito de metas SMART.
Ainda que muitos entendam o que ele significa, ainda há quem se pergunte como
definir metas SMART.
Conceitualmente, é
simples; na prática, porém, administradores e líderes menos experientes ainda
têm dificuldades em colocar em prática essa ideia nos negócios em que atuam.
Por essa razão, preparamos um artigo especial para explicar o que são as metas
SMART e como você pode tirar proveito delas na sua empresa.
O que são metas SMART?
A palavra “smart”,
em inglês, significa algo como “esperto” ou “inteligente”. Utilizando-se as
letras que compõem a palavra, estabeleceu-se cinco conceitos que podem auxiliar
no estabelecimento de metas em uma empresa. São eles:
·
S de
“specific”- específico;
·
M de
“measurable”- mensurável;
·
A de
“achievable” – alcançável;
·
R de
“relevant”- relevante;
·
T de “time” –
tempo.
Em outras palavras,
o conceito de metas SMART diz que as metas estipuladas por uma empresa ou por
quem quer que seja devem seguir esses cinco princípios básicos. Os objetivos,
portanto, devem ser específicos, mensuráveis, alcançáveis, e relevantes, e precisam
ser atingidos em um tempo específico.
A ideia é que esses
princípios funcionem como norteadores na hora de estabelecer metas, evitando
que as empresas incorram em erros oriundos de proposições inadequadas para a
realidade do negócio. É comum, por exemplo, vermos colaboradores reclamarem de
metas propostas pelos gestores que são inalcançáveis, irrelevantes e
subjetivas.
Por dentro das metas SMART
Agora que você já
conhece qual é a ideia central do conceito de metas SMART, vamos mais a fundo
para entender como cada um dos cinco pilares é capaz de trazer melhorias para o
seu negócio. Antes de definir com a sua equipe as metas para os ciclos
seguintes, pergunte-se: o que estou propondo vai ao encontro desses requisitos?
1. Seja específico
Uma meta bem definida
é aquela que é precisa em sua descrição. Se você diz: “eu quero que a
empresa cresça”, por exemplo, está sendo vago e subjetivo, pois o que é crescimento
para uns pode não ser para outros. Sem saber ao certo onde você quer chegar, é
bem provável os colaboradores sigam direções opostas ao longo da jornada.
A especificidade,
portanto, é o primeiro item a ser observado. Você pode dizer: “meu objetivo é
fazer com que a empresa aumenta as vendas em 20% em 6 meses”. Note que, com
esse resultado, é possível que a sua empresa cresça, mas o fato de você saber
que a ideia é aumentar o volume de vendas já dá indícios que é nesse campo que
você deve adotar algumas estratégias.
2. Mensure os resultados
Como uma empresa
sabe se a estratégia que ela propôs está dando certo ou não? É pela mensuração
dos resultados. Quando uma companhia diz que quer apenas “melhorar”, está sendo
vaga e imprecisa, pois está condicionando a evolução a uma avaliação subjetiva
e passível de erros de interpretação.
É preciso,
portanto, estabelecer metodologias que permitam avaliar de forma quantitativa
ou qualitativa se o desempenho está evoluindo ou não. Caso contrário, o risco
que se corre é de ver boas ideias sendo desperdiçadas logo após colocadas em
práticas. Tenha parâmetros para saber se vale a pena
seguir em frente ou se é preciso mudar de estratégia.
3. Estabeleça metas viáveis
Esse é outro
problema recorrente que ocorre quando os gestores não ouvem seus colaboradores.
Estabelecer metas irreais, na expectativa de que os funcionários se desdobrem
para atingi-las, costuma ter o efeito contrário: como sabem que não é possível
chegar lá, desistem no meio do caminho.
Os líderes da
empresa devem ter uma noção clara de qual é a capacidade produtiva de um
negócio. Obviamente, todos querem vender
mais e aumentar
seus lucros, mas será que é possível fazer isso com a capacidade operacional
existente? É como querer que um carro popular ande a 400 km/h em uma pista:
simplesmente não vai acontecer – e há grandes chances de que o motor estoure no
caminho.
4. Faça um esforço por algo relevante
Aumentar o número
de pessoas que visita a sua loja significa, necessariamente, aumentar o volume
de vendas? Nem sempre. Se você estiver atraindo um público que não tem
interesse em comprar os seus produtos, esse fluxo maior de visitantes não se
converterá em mais vendas. Portanto, será que é relevante simplesmente aumentar
o número de visitas?
Na prática, a
resposta é não, se você estiver pensando em aumentar a lucratividade ou a
receita. Portanto, antes de estabelecer uma meta, questione se ela é relevante
para os propósitos da empresa. Lembre-se: a falta de especificidade é uma das
causas do estabelecimento de metas irrelevantes. Esses dois conceitos devem
andar sempre juntos.
5. Estabeleça um prazo para que as coisas aconteçam
Por fim, uma vez
que os quatro itens acima tenham sido respeitados, entra em cena outro
componente fundamental: o prazo. Em quanto tempo você espera que o volume de
vendas da empresa aumente? Um mês, dois meses, seis meses, um ano? O período a
ser estabelecido é por sua conta, mas ele deve ser informado a todos os
participantes do processo.
Quando um tempo não
é estabelecido para que as ações se concretizem, a tendência é que as ações não
sejam tratadas como prioridades. Muitos colaboradores podem tender a “ir
levando a situação adiante”, até que sejam cobrados. Por outro lado, quando há
um prazo bem delineado, todos trabalham para que haja resultados a serem
mostrados na data-limite.
https://blog.sage.com.br/como-definir-metas-smart/. Acesso em 30 de Abril de 2019.